quarta-feira, janeiro 29, 2003

Boa Tarde Irmãs e Irmãos de Mundo

Quando as trevas recairem sobre nossas mentes.
Quando a solidão dominar nossas vidas,
No último suspiro da carne.

Da escuridão ela surgirá
Para aqueles que quiserem
Em seus braços se deitar.

A amante de nossos sonhos.
A mãe que nos foi negada.
A primogênita que foi banida.
A senhora que nos amendronta.
A dama que nos fascina.

Lasciva, sensual, única
Tuas curvas se mesclam
Ao material do qual
Nossos sonhos são feitos.

Poderosa, amendrotadora.
Teus gritos ecoam em nossos ouvidos.
Como o ressoar de dez mil tambores
Tocando o mesmo compasso.
Nos enchendo com medo.
Cobrindo o nosso olhos com terror.

O véu irá cair
Para aqueles que quiserem ver.
E quando precisarem de um guia
Como Servo de Lilith estarei
Pronto para os ajudar

Yohan Leafheart - 29/01/2003 01h20min

terça-feira, janeiro 28, 2003

Boa Tarde Irmãs e Irmãos de Mundo

Hoje o post não será direcionado como foram os de ontem, acho que tenho que fazer uma atualização sobre a viagem para o Rio de Janeiro. Ver a Simone foi maravilhoso. Estar lá, conhecer a Beatriz, conhecer o João, foi tudo sensacional. Saí por uns dias de Cabo Frio, fiz um pouco por mim, consegui respirar, consegui ser eu mesmo, o que eu não fazia a muito tempo. Pude viver, agir, e pensar sem medo de ser chamado de estranho. Não tive que aturar as pessoas dizendo que o que eu faço é errado.

Mas então eu voltei para cá, e tudo parece ser o mesmo. Fui assitir o Super Bowl com o Ian e o vinícius, foi super legal. Hoje eu fui no Flipper com o Juninho e o Saminga, também foi legal. Mas em casa, nada mudou. Os mesmo problemas, os mesmo estresses. A mesma ladainha. E ainda por cima tenho uma bateria de médicos essa semana, vai ser extremamente estressante.

Estava conversando com a Sá e a Mi agora pouco, e então eu percebi o quão carente eu estou. Precisando de muito colo das minhas amigas. Precisando de alguém para deitar no colo, desabafar, e ouvir palavras boas. Preciso de alguém que me veja como homem, não como um amigo. Preciso beijar, preciso sentir, me excita, sonhar, realizar fantasias. Ir a Summerland e levar alguém comigo. Preciso de um afago, de um agrado, de uma amasso, de uma carícia.

Tantas coisas passam em minha cabeça. Meu coração se sente vazio. Ele não ama, e não é amado. Quem poderia me querer está muito longe de mim. E eu, bom eu sou o eterno amigo. O guardião de todas as tristezas. O conselheiro. O ouvinte. Eu sei todos os segredos, todas me consultam. Mas ninguém percebe meu outro lado. Eu tenho doado muito mais do que tenho recebido. E eu nunca quis receber muito, apenas um pouquinho, mas nem isso tem aconteceido.

Mas, Ces´t la vie.

segunda-feira, janeiro 27, 2003

Boa Tarde Irmãs e Irmãos de Mundo

Bom irmãos Guerreiros, era hora de eu postar sobre o pessoal. Talvez eu tenha demorado demais e muitos achem que não é um assunto bom a ser tratado, mas muitas coisas aconteceram, por muito eu estava observando tudo o que acontecia, e um fato ocorrido hoje me fez decidir, finalmente, proferir minhas palavras sobre o que está ocorrendo entre os membros do AMA.

Acho que antes de mais nada, não preciso evidenciar o quanto nós nos afastamos um do outro. Muitos fatores foram responsáveis aqui, mas eu acho que dois estão entre os mais importantes. O momento da vida que alguns de nós passam e o Rugby.

Falarei primeiro sobre o Rugby, pois este é o mais rápido. Bom, antes tudo era alegria. Jogávamos rachinha para nos divertimos, íamos até a praia confraternizar, e então zoar muito jogar os outros no chão, brigar por regras e então ir embora rindo com a sensação de dever cumprido mais uma vez, por mais um tempo da mais pura diversão. Aí mudamos para o Rugby, e foi um período de adapação com as novas regras, ainda era diversão, tudo corria bem e não houveram problemas. Mas aí, começaram os treinos.

O grande erro foi querer ficar bom naquilo. Mudamos radicalmente de um jogo para divertir e juntar o pessoal para a farra. Para um tentativa frustrada de fazer algo sério, competir, saber jogar bem. As brigas passarem a ser por jogadas que saíam errado. Rolaram vários estrelismos, várias vezes. O pessoal começou a levar a sério, e assim como o jogo, as brigas e ofensas passaram a ser sérias. Perdeu-se o sentido de grupo, para ganharmos o sentido de indivíduo. Acho também, que o desejo natural do ser humano de querer se impor como figura dominante, surgiu monstruosamente nesses instante, intensificando tudo o que rolou entre nós. A etapa foi o ápice de tudo isso. O desenlance, o deesfecho com todas as brigas que eram possíveis. Todos quiseram ser os melhores, melhores do que nós mesmo, melhores do que os outros. Todos queriam ser o responsável pela etapa, pelo sucesso dela. Mas quando tudo deu errado, todos acusaram os outros.

Agora vem a parte psicológica, a questão da época, o momento no qual estámos vivendo nossas vidas e como isso nos influencia e muda a forma de agir e de pensar.

Se notarmos muito bem, todos nós estámos passando por uma grande mudança em nossas vidas, todos nós passamos por algum grande aperto nesse momento, e temos que lidar com situações novas em nossas vidas. Lidar com ocorridos que fogem ao nosso controle e por fim, interferem em nossas vidas. Vejam só.

O Ian está prestando vestibular, assim como Juninho, que além disso agora trabalho e passou a ter responsabilidades. Davi acabou a faculdade, e agora é um funcionário 100% do tempo, e está vivendo a grande mudança para a vida adulta. Eu estou numa puta crise na faculdade, tendo que rever vida e conceitos. O PH corre atrás do sonho de ser militar. O Glauco passou por todos os problemas no Rio. Saiu da cidade e agora voltou para Cabo Frio, para tentar recomeçar a vida. Antônio está novamente tentando recomeçar e tentando achar o seu rumo nessa cidade. O Saminga entrou para o Segundo Grau, que é a primeira grande mudança de responsabilidade estudantil de uma pessoa. É a fase aonde as decisões serão tomadas, a onde o seu futuro se decide.

Como vemos, todos nós passamos por um momento complicado em nossas vidas. Todos tivemos a necessidade de afastarmos da galera, para poder cuidar do futuro e decidir novos rumos para a nossa vida. Todos precisamos, de momentos de isolamento, para viver algo que competia apenas a nós mesmos, e não a galera. Isso nos afastou, isso nos isolou, isso praticamente nos destrui.

Mas o Reveillon me deu novas esperanças. Me mostrou que, ao menos, ainda temos em nós o sentido de união em grandes momentos que sempre nos foram característicos. Mostrou que é possível para nós, voltar a ser o Grande Grupo Guerreiro Porra, basta apenas querer e não se esquecer, que apesar de todas as mudanças em nossas vidas, nossas amizades continuam.

Lembrar que a diversidade é boa. Que pensamente diferentes formam um grrupo melhor, aonde todos aprendem. Lembrar que uma briga se resolve na hora e não se guardam mágoas. Lembrar que ninguém deve ser uma estrela, pois cada pedra é necessária a fundação de um castelo. Não se esquecer, jamais, de tudo o que nós fomos, e de tudo o que podemos ser. Nunca se esquecer, de que Só Pela União Venceremos, e que devemos apoiar o outro, assim como devemos pedir apoio.

O grupo se partiu, se fragmentou, mas nada que não possa ser contornado, nada que não posso mudar. Basta que todos lembrem como ceder. Antes de passar no que exigir.

Bom guerreiros, esse é o meu post sobre nós.
Boa Tarde Irmãs e Irmãos de Mundo

Bom, esse post é diretamente direcionado ao Saminga, então se você não quiser lê-lo, por favor não o faça. =D

Bom Guerreiro, eu nem sei por onde começar, mas acho que a melhor forma é mostrar o quanto estou feiz pela sua melhora. O quanto é bom vê-lo de pé novamente. Sinto não tê-lo visitado, mas fiquei sabendo de tudo muito em cima, e posteriormente eu viajei. Bom, não sei se é o caso de desculpas, mas foi o que aconteceu.

Sobre a atitude da galera, posso dizer que foi a atitude mais normal. Lembre-se o que nos une, e nossa união sempre foi na baderna, na zoação absoluta. Tédio é algo que não é bem visto, e isso poderia ser um motivo para muito do que houve, mas jamais uma desculpa.

É um fato o quanto você mudou, cresceu com pessoas diferentes de nós, a sua geração já vivenciou novas coisas. vejo-o agora vivenciando tudo aquilo que todos nós vivenciamos 5, 6 anos atrás, quando eu morava aqui, e a maioria estava por volta dos seus 15 anos. É natural que andes com uma outra galera, uma galera que consideraremos um bando de pela-saco, mas que são tão pelas-sacos ( espero que o plural esteja certo ) quantos nós éramos na idade deles.

Sim, tínhamos vontade que você ficasse parecido com todos nós, mesmo sendo tão mais novo viveu muita coisa que nós vivemos, todos juntos. Os churrasco, as sessões monstruosas de RPG, os carnavais vestido de mulher, os Reveillons, e outros mais. Em todos esses momentos você estava lá, conosco. E tenho certeza que muito daquilo ficou enraizado em você, pois foi parte do teu crescimento, uma parte monstruosa, que cobriu um bom pedaço da tua vida.

Você mudou mestre, mudou por que conheceu um mundo que não nos envolvia. Mas isso não impede que você ainda viva entre nós, mesmo estando diferente. E eu falo isso por mim. Lembra-te que estou a longos 4 anos fora dessa cidade. Ainda com todo o tipo de gente, vivi uma porrada de coisa diferente. Não sou mais o Samuel que vivia em Cabo Frio, jogando RPG na casa do Newton e namorando com a Brisa. Meus jeitos mudaram, meus desejos mudaram, meus pensamentos mudaram. Eu fiquei como um Alien dentro do pessoal, pois a minha vida agora era outra completamente diferente. Mas os traços em comum permaneceram, principalmente das grandes batalhas de outrora, o que me mantêm firmemente junto deles.

É chegada a hora de você viver um pouco coisas da sua idade. Eu conversava co o Marcondis sobre isso no Reveillon, que era um momento no qual você deveria ver um pouco como um moleque de 15 anos, e não na nossa loucura. Mas isso não o impede de estar perto de nós. Andar com essa galera nova ( que eu não faço a menor idéia de quem seja ) não te impede de viver ainda entre nós. Não o Impede de jogar o jogo do Glauco, quando os guerreiros entrarem nele.

E lembre-se de uma última coisa. Os Guerreiros não o abandonaram, mas o barco está desunido. Ao ínves de fazermos festas homéricas em nosso deck, estamos todos escondidos em nossas cabines com os seus livros, suas armas, completamente isolados dos demais. Isso tem sido aterrador para nós, e espero que acabe.

Esse é o meu recado para ti Guerreiro Saminga Bransford, espero que entendas minhas palavras, e veja a verdade por trás delas. Espero que compreenda e não se vá. Não ponha a prova, não teste nada. Sejas você mesmo e sejas aceito pelo que és.