Um Epílogo de Batalha - A Conversa na Cabana
Os dois camanharam pela relva verde e bem aparada até uma pequena cabana. Simples porém confortável. A senhora o indicou um conjunto de almofadas aonde o guerreiro pode sentar. Ao seu lado uma pequena mesa de mármore permanecia a meia altuar. O conforto o alegrou, ele pode sentir os músculos de suas costas relaxando em meio as capas de Seda.
A senhora tomou como assento um pequena cadeira de balanço. Na lareira a água fervia em uma bela chaleira de prata, enchendo o ambiente com um leve assobio, que mas parecia a brisa do vento.
- Sente-se confortável meu jovem?
- Sim senhora. Por mais que eu saiba que estou em um sonho, não consigo de deixar de sentir como se o meu corpo estive completamente descansado agora.
- Mas se estás tão bem confortável porque não tira tua armadura e deita as tuas espadas em cima da mesa.
Só então o jovem guerreiro percebeu a verdade. O peso da bainha comecou a machucar a sua cintura, os amassados de sua armadura apertaram a sua pele, ferindo-a e cortando. As botas machucavam os calos dos pés. O elmo deixou o som do ambiente mas abafado, já não era mais possível ouvir o barulho da chaleira.
- Porque ainda lutas meu jovem?, disse finalmente a bela senhora.
- Não sei., respondeu prontamente o jovem. E foi tomado de um enorme assombro. No campo ele havia desistido. Mas aqui, nessa terra de paz e tranquilidade. ele não conseguia se desvencilhar dos fardos das batalhas. Não obtinha descanso. Porque, era o que ele se perguntava.
- Por que?, foi a pergunta que ele fez a senhora.
- Essa a resposta que tentaremos encontrar. Venha, vamos caminhar um pouco.
quinta-feira, março 18, 2004
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