quinta-feira, dezembro 30, 2004

É difícil explicar,
Colocar em palavras o que sinto.
Ponderar sobre o frio,
Que preenche o meu corpo.

Como o edredon não me aquece
Como o travesseiro não espanta
O vazio alojado em meu espírito.
Corrompido como ele só.

É impossível contabilizar a saudade
Enumerar os motivos e possibilidades
A certeza de que os erros foram meus
E que a culpa recairá sobre os meus ombros.

Não sei como sair daqui.
As escuras paredes de meu quarto
A cada hora se fecham mais sobre mim
Não há escapatória,
E nem sei se eu quero achar uma.

Eu só não queria estar tão só....

----
Sol
30/12/2004 03hs30min

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Estou começando a pirar com esses finais de semana malucos meus. Vou contar como foi esse, e porque as vezes nós fazemos coisas que não deveriam ser feitas. Serve também como uma dica para todos aqueles que pretende fazer viagens. Planejar é bom.

Eu saí de Campinas no sábado. A idéia era acordar cedo e ir para a Galeria do Rock comprar o presente de natal da Pri. Eu tinha escolhido, mas ainda não tinha conseguido ir a São Paulo comprar. Bom, só que eu acordei em Campinas às 14hs40min e só consegui pegar o ônibus das 16hs. Cheguei às 17hs30min em sampa.

Comprei a minha passagem de volta para Cabo Frio, e então liguei para a minha avó, para conversar com ela. Foi quando eu descobri a primeira falha do meu plano para o final de semana, eu esqueci de ver se meu tio ia estar em casa, e da forma mais dura possível eu descobri que ele não estaria. Moral da história, não tinha lugar para dormir.

Continuei com tudo, e tentei chegar na galeria. Bom, quando cheguei ela obviamente estava fechada e eu estava do lado de fora, sem guarda-chuva e chovendo. Voltei correndo para o metrô sem ter conseguido o principal daquele dia, comprar o presente da Pri. Voltei para o Tietê e pensei nas minhas opções. NO domingo eu tinha o aniversário da Milene, e talvez desse para encontrar a Pri, logo seria bom estar em Sampa. Mas eu precisava de um lugar para dormir,e não tinha a casa do meu tio. Começou a correria.

Não podia ligar para a Milene, o namorado dela ia ter um treco se eu dormisse lá. Estava sem o telefone da minha doce Noturna, fora de cogitação também. A Anjinh@ não estava em casa. E a daya ia com a turma do Góticos SP para o "Bloody Coven Tribute". BOm, escolhi a última e preparei para mais uma noite em claro.

O tributo ocorreu no Hole Club na augusta. Um lugar legal e agradável, aconselho a quem curtir um som dos anos 80, e um ambiente escuro. Teve especial do Lacrimosa, com discotecagem da Luan Wollf, presidente do Fã-Clube Oficial do Brasil. Ficamos até às 6hs da manhã, e estava na hora de pensar em como fazer no domingo, afinal o anniversário da Milene ia ser só às 19hs (Milene, desliga o celular da próxima vez).

Como ia ter encontro da mesma turma às 13hs no Ibirapuera, resolvi ficar direto, mais uma vez. Eu e a daya fomos para o Trianon, conversamos muiiito lá, obrigado Daya por ter me ouvido. Depois visitamos a feira de antiguidades do MASP, e por últim fomos para o Ibirapuera, aonde eu dormi durante 3hs na grama. Sim tudo que eu dormi até o domingo à noite foram 3 horas no Ibirapuera, o final de semana tava indo bem.

Encontro aconteceu sem problemas. O pessoal é bastante legal e eu pude me enturmar bem. Saímos eu e a Daya caminhando de volta para o Metrô Ana Rosa. Meus pés doendo de calos, bolhas e machucados (eu estava de sapato de couro), uma hora de caminhando num percurso normalmente feito em meia.

Corri para o metrô e fui ver a mi. Mas uma longa caminhada até o malabares, mas valeu a pena ainda assim. Cantei Candy, pagando muito mico e depois voltei para Campinas.

Saldo da viagem: vários calos e bolhas nos pés; a passagem para Cabo Frio antes do esperado. A certeza de que estou doente. Uma tremenda dor de barriga (acho que foi o dogão do Ibirapuera). E uma grande lição: se for dormir na casa de um parente, se certifique antes que ele estará lá.

domingo, dezembro 05, 2004

São 4hs da manhã agora. Estudei, joguei, e falei com pessoas no ICQ. O tempo se arrastou para chegar até aqui. O sono me consome, mas tenho que esperar acoradado, eu terei visitas daqui a pouco, uma visita que eu devo esperar. Ela prometeu vir e eu prometi esperar.

Uma das situações mais estranhas pela qual um ser humano pode passar é terminar um namoro mesmo gostando ainda da outra pessoa. Isso aconteceu comigo agora. Porque? Bem, o nosso namoro tinha virado um casamento. Eu estou com conflitos de interesse internos dentro de mim. O problema vinha se arrastando e o melhor era terminar, e começar a amizade que nunca tivemos.

Mas ainda assim é estranho. Eu ainda gosto dela, e não consigo, apesar de saber que eu não posso, sentir ciúmes. Estou aqui esperando-a chegar, para saber o que acontceu nessa balada. Tanto por querer ser o seu melhor amigo, e como tal saber essas coisas, como por uma dose de masoquismo por parte da minha alma.

Ainda assim somos amigos. Eu olho para ela e sinto um carinho especial. Vejo um futuro para tudo isso. Um futuro muito melhor do que quando estávamos juntos. Fizemos tudo errado, ao contrário. Não fomos amigos primeiro. Agora nós seremos. E dessa vez deve dar certo. Até lá eu preciso me acostumar, e acabar com uma coisa que nos trazia problemas, o meu ciúmes e o meu egoísmo.

O famoso meio termo ainda não faz parte da minha vida. Eu nunca cheguei a encontrar o tão conhado equilíbrio. E agora estou mais longe dele do que nunca. Para aqueles que me conhecem de muitos anos, os irmãos de barco principalmente, sabem o quanto sofri em meu passado por ser exigido demais. Hoje, da forma mais dolorosa possível, o fim de um relacionamento, percebi que eu sou o exigente. Que eu virei um egoísta que quer as coisas do seu jeito. Isso tem que mudar. E isso vai mudar.

A todos os que me conhecem, perdo-em me por este momento de falha, tal erro não mais ocorrerá.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Domingo foi um daqueles dias nos quais nos orgulhamos da vida. No qual olhamos para traás e achamod que nada pode ser tão ruim assim. Que ao menos alguma coisa boa tem que ficar aparecendo disso tudo. E nem estou falando do show, que foi paravilhoso per se, mas da incrível tarde que eu e a Priscila tivemos juntos.

Antes que o incauto leitor considere que estou falando de uma moderna "ficada", saiba que estou falando do amor entre amigos da forma mais sublime e perfeita que pode existir. Uma cumplicidade, um carinho que a tempos eu não sentia, e que fez o meu dia ser único. Um dia para jamais esquecer, e para me mostrar que ainda tenho o porque viver.

Estamos passando por momentos complicados em nossas vidas. Eu tanto no lado pessoal quando no lado acadêmico. E encontramos, um no outro, o melhor ombro amigo que poderíamos ter. Passávamos longos períodos em silêncio, apenas abraçados, e aqueles momentos foram melhores do que mil palavras de consolo. Cumplicidade, esse é o termo correto para descrever a nossa amizade, cumplicidade.

Hoje, ainda para completar, é aniversário dela. Meu querida "Anjo Caído", meus parábens por mais esse ano. E muito obrigado por existir e por ser uma amiga tão boa e querida.

segunda-feira, novembro 29, 2004

Loucura é uma palavra constante na minha vida, toda hora eu estou fazendo alguma. Seja uma declaração de amor em público, seja um bate-e-volta para São Paulo para uma festa. Seja me perder em lugares desertos e escuros para conhecer pessoalmente uma garota da Internet. Eu toda hora apronto alguma, e esse final de semana foi um desses que vai virar uma história para contar em todos os dias de minha vida.

Sábado eu saí da casa da Harue, peguei o ônibus direto para Sampa. Eu ia no Madame Satã com a minha querida Pri. Infelizmente, devido ao temporal de São Paulo, ele não pode ir, e acabei indo sozinho. Como não foi por mal, eu não fiquei nem um pouco chateado com a minha amiga. Só fiquei mesmo triste, e chateado no Madame, pois tinha um cara que não largava do meu pe e ficou me cantando a noite toda.

O Madame fecha às 5hs da manhã. Eu estava sozinho, não queria ir para a casa do meu Tio porque era cedo demais e eu não tinha avisado. Resolvi, então ir na liberdade para a feira de comida e artesanato que tem lá. Qual não foi a minha surpresa ao chegar e ver que nada estava montado. A feira só começa às 9hs da manhã. Bom não tinha o que fazer, e ainda chovia. Parei numa padaria e tomei café da manhã, a famosa média. Terminada essa sensacional refeição, voltei para o metrô, deitei num canto da marquise me protegendo com o guarda-chuva, e dormi até às 8hs da manhã.

Passando esse sono, já era um horário civilizado. Fui então par aa casa do meu tio. Conversamos um pouco, e eu fiz a minha parte sendo babé dos meus priminhos (como aqueles dois conseguem ter tanto pique num domingo de manhã?!?!?!) até umas 10hs horas, dormi até as 13hs. Acordei, liguei para a Pri e conseguimos combinar de nos ver. Eu, ela e a Cecília. O nosso encontro merece um post próprio, que farei amanhã. Saímos do shopping às 18hs, corri para o metrô, peguei 2 trems e cheguei, debaixo de um tremendo temporal no Via Funchal. 1 hora e meia na fila, pegando chuva para entrar dentro do show. Duas horas para me secar até o show começar e então mais 1h45 de um show maravilhoso que me deixou encharcado de suor. Até aí tudo bem a loucura maior vem agora.

O show acabou 23hs55min, saí correndo para conseguir pegar um metrô, o último ônibus para Campinas saía da rodoviária às 0h30min, e para quem conehce sampa, eu me encontrava na Vila Olímpia, no Via Funchal. Corri até a brigadeiro para conseguir um Táxi, e dei muita sorte. Eu só tinha 10 reais no bolso e precisava correr para a rodoviária. A corrida sai quase 40 reais em bandeira dois até lá. O cara foi legal comigo, fechamos em 20 e ele subiu na rodo comigo para que eu tira-se o dinheiro no caixa eletrônico. Chegamos na rodoviária à 0h25min, realmente em cima da hora. Paguei o taxista e peguei o meu ônibus. Foi quando percebi o quão mal eu estava.

Depois de beber no madame, dormir no metrô, pegar chuva, suar, e pegar friagem eu tava com febre e passando mal no ônibus (além, é claro de estar fedendo muito por causa do suor da galera no show). Cheguei em campinas quase 2hs da manhã. Salvo pela minha querida Harue, que me pegou na rodoviária e cuidou de mim na casa dela. Harue te devo a minha vida por esse final de semana meu anjo.

Agora estou aqui, no trabalho, ainda de ressaca do show. Ah coisas do show que foram sensacionais. A Tarja estava mais linda do que nunca, na segunda parte do show, entrou com um corpete de renda sensacional. A banda tem a melhor presença de palco que eu já vi. E só três outras, na minha opinião, tem um capacidade de interação com o público tão grande assim, e são o Iron Maiden, o Sepultura (agora com o derek) e o Gun's and Roses no seu auge (com a banda completa e o Axl em Forma). Para se ter idéia, toda a banda, menos o batera Jukka, que fica preso a bateria, parou para posar durante as músicas. Era só membro da banda ver alguém com máquina perto daonde ela estava, que ainda cantando ou tocando, fazia uma pose para a foto.

E o Marco nos apresentou o seu amigo Mr. Smirnoff :D E ele, e a banda viraram uma garrafa de Smirnoff antes da última música, que foi Wish I had na Angel, do albúm novo, o Once.

Foi um tremendo final de semana, para não se esquecer.

sexta-feira, novembro 26, 2004

O que motiva o ser humano? O que nos faz seguir em frente e lutar por sonhos? Em última instância o que são sonhos? Com certeza esse grupo de perguntas não reflete as grandes questões da humanidade inquiridas por todos os grandes filósofos, mas são as questões centrais da minha vida, nesse instante.

A faculdade é a principal causadora disso. A falta de perspectiva de um futuro, pelo simples fato dele ser um futuro, mexe comigo. Impedindo-me de me dedicar como devido a todas as coisas que tenho que fazer, a não ser no caso do trabalho, que a imediata recompensa financeira me motivam a seguir em frente.

Deixa de acreditar na construção de caráter via estudos. O seu caráter é construído da forma que você quiser, usando como bases as experiências que você achou relevante, e não um conjunto de palavras ditas por um professor na sala.

Estou chegando ao final de mais um semestre, e o medo me toma novamente. Espero que as coisas dêem certo.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Estou tentando por as idéias em dia. Tanto que eu podia estar escrevendo agora, mas não tenho sequer como começar. Acabei de sair de uma grande briga na república, infelizmente esse tipo de coisa acontece e não há muito que possamos fazer para evitar. São 9 caras morando juntos em uma mesma casa, uma hora sempre dá problemas, já fomos 11, e se tudo der certo seremos apenas 8, e eu serei mais feliz se isso acontecer.

Eu ainda estou tentando explicar o meu espírito agora. Sinto-me completamente jogado no vazio. Nada me importa, nada me dá gana de fazer algo. Eu não quero fazer absolutamente nada, nem simplesmente mofar na frente da tecê. Nada faz sentido, nada faz o menor sentido...

Mas posso dizer que senti saudades de escrever, bastante saudades por sinal. É uma forma de colocar para fora o monte de coisa que simplesmente não consigo falar. As dores que, acumuladas em meu peito não somem, nunca somem. Elas ficam ali, me corroendo e permitindo que esse tipo de pensamento me domine.

Estou doente, tanto de corpo quanto de alma. Eu preciso tomar um passe. Tirar esse Exú de mim. Limpar as energias. Vou tomar um banho com sal grosso agora, torcer para dar uma ajudada. Eu quero estar melhor, eu preciso. Tem tanto que eu tenho que fazer, tanta coisa que eu preciso por em ordem. Ainda tenho tempo de salvar o meu semestre eu preciso fazer isso, sem falta. Mas essa é uma história, cuja o fim eu não conheço.
----







Here
(Pet Shop Boys)
Aqui
(Pet Shop Boys)
We all have a dream
of a place we belong
The fire is burning
and the radio's on
Somebody smiles
and it means 'I love you'
but sometimes we don't notice
when the dream has come true

Chorus
You've got a home here
Call it what you want
You?ve got a home here
to return to when you can't
face the world and you need
some support to succeed
You've got a home

We all make a mess
of our lives from time to time
It's part of the process
that you stumble as you climb
And if you ever feel
the pain is far too big a deal
I say with pride
I'll be on your side

Repeat Chorus
Nós todos sonhamos
Com um lungar ao qual pertencemos
O fogo está aceso
E o rádio está ligado
Alguém sorri
E quer dizer "Eu te amo"
Mas algumas vezes nós nào notamos
Que esse sonho virou realidade

Chorus
Você tem uma casa aqui
Chame do que você quiser
Você tem uma casa aqui
Para retornar quando você não consegue
Enfrentar o mundo e você precisa
De um pouco de apoio para vencer.
Você tem uma casa

Nós todos bagunçamos
Nossas vidas de vez em quando
É parte do processo
Que você tropece enquanto escala
E se você um dia sentir
Que a dor é grande demais para suportar
Eu digo com orgulho
Eu estarei ao seu lado.

Repeat Chorus

segunda-feira, abril 19, 2004

Boa Tarde Irmãos e Irmãs de Mundo

Antes de mais anda peço desculpas por terem alguns links com problemas no site. A servidora aqui em casa deu problema no HD e eu perdi alguns dados. Mas estou lutando para recuperar tudo, não se preocupem. Tenho um texto grande para escrever, mas tenho prova amanhã, escrevo depois

sábado, abril 10, 2004

Boa Noite Irmãos e Irmãs de Mundo

Um excerto da música Dead's Boy Poem do Nightwish.

"Teach me passion for I fear it`s gone
(Ensine-me paixào porque eu temo que ela tenha se esvaido)
Show me love, hold the lorn
(Mostre-me amor, segure o menosprezo)
So much more I wanted to give to the ones who love me
(Tanto mais que eu queria ter dado aqueles que me amam)
I`m sorry
(Desculpem-me)
Time will tell (this bitter farewell)
(O tempo irá dizer (essa amarga despedida))
I live no more to shame nor me nor you
(Eu não vivo mais para envergonhar você ou eu)

And you... I wish I didn`t feel for you anymore..."
(E quanto a você... Eu desejava que eu não gostasse mais de você...")

A lonely soul... An ocean soul...
(Uma alma solitária... Uma alma oceânica...)

quarta-feira, abril 07, 2004

Boa Noite Irmãos e Irmãs de Mundo

Hoje eu completo 22 anos. O tempo passa. O tempo deixa marcas, tão profundas quanto a sua própria existência. Estamos morrendo. Definhando a cada segundo de nossas existencias. Indo para o mesmo fim de todos. O ciclo eterno de morte e vida. Quem vencerá? Não sei dizer... Não cabe a nós saber... O poema abaixo me acompanha desde a oitava série, quando eu o conheci. Espero que apreciem.

O RELÓGIO
(Cassiano Ricardo)

Diante de coisa tão doída
Conservemo-nos serenos

Cada minuto de vida
Nunca é mais, é sempre menos.

Ser é apenas uma face
Do não ser, e não do ser

Desde o instante em que se nasce
Já se começa a morrer.

quinta-feira, março 18, 2004

Um Epílogo de Batalha - A Conversa na Cabana

Os dois camanharam pela relva verde e bem aparada até uma pequena cabana. Simples porém confortável. A senhora o indicou um conjunto de almofadas aonde o guerreiro pode sentar. Ao seu lado uma pequena mesa de mármore permanecia a meia altuar. O conforto o alegrou, ele pode sentir os músculos de suas costas relaxando em meio as capas de Seda.

A senhora tomou como assento um pequena cadeira de balanço. Na lareira a água fervia em uma bela chaleira de prata, enchendo o ambiente com um leve assobio, que mas parecia a brisa do vento.

- Sente-se confortável meu jovem?

- Sim senhora. Por mais que eu saiba que estou em um sonho, não consigo de deixar de sentir como se o meu corpo estive completamente descansado agora.

- Mas se estás tão bem confortável porque não tira tua armadura e deita as tuas espadas em cima da mesa.

Só então o jovem guerreiro percebeu a verdade. O peso da bainha comecou a machucar a sua cintura, os amassados de sua armadura apertaram a sua pele, ferindo-a e cortando. As botas machucavam os calos dos pés. O elmo deixou o som do ambiente mas abafado, já não era mais possível ouvir o barulho da chaleira.

- Porque ainda lutas meu jovem?, disse finalmente a bela senhora.

- Não sei., respondeu prontamente o jovem. E foi tomado de um enorme assombro. No campo ele havia desistido. Mas aqui, nessa terra de paz e tranquilidade. ele não conseguia se desvencilhar dos fardos das batalhas. Não obtinha descanso. Porque, era o que ele se perguntava.

- Por que?, foi a pergunta que ele fez a senhora.

- Essa a resposta que tentaremos encontrar. Venha, vamos caminhar um pouco.

quarta-feira, março 10, 2004

Boa Tarde Irmãos e Irmãs de Mundo

Uma pequena letra =D

Poison Heart (The Ramones)
(Coração Envenenado)

No one ever thought this one would survive.
(Ninguém nunca pensou que esse mundo fosse sobreviver)
Helpless child, gonna walk a drum beat behind.
(Criança desamparada, vai caminhar uma batida de tambor atrás de você)
Lock you in a dream, never let you go.
(Trancá-lo em um sonho, sem deixá-lo saí)
Never let you laugh or smile, not you.
(Nunca deixá-lo rir ou sorrir, não você)

I just want to walk right out of this world,
(Eu apeas quero fugir desse mundo)
'cause everybody has a poison heart.
(Porque todos têm um coração evenenado)
I just want to walk right out of this world,
(Eu apeas quero fugir desse mundo)
'cause everybody has a poison heart.
(Porque todos têm um coração evenenado)
Making friends with a homeless torn up man,
(Fazer amigos entre os sem-tetos me faz chorar, cara)
He just kind of smiles, it really, shakes me up.
(Ele dá uma espécie de sorriso, que realmente, me balança)

There's danger on, every corner but I'm okay.
(Existem perigos grande, em cada canto mas eu estou bem)
Walking down the street trying to forget yesterday.
(Caminhando rua abaixo tentando esquecer o ontem)

I just want to walk right out of this world,
(Eu apeas quero fugir desse mundo)
'cause everybody has a poison heart.
(Porque todos têm um coração evenenado)
I just want to walk right out of this world,
(Eu apeas quero fugir desse mundo)
'cause everybody has a poison heart.
(Porque todos têm um coração evenenado)

You know that life really takes it's toll
(Você sabe que a vida sempre leva o seu pedágio)
and a poet's gut reaction is to search his very soul.
(e a reação do íntimo de um poeta é procurar dentro da sua verdadeira alma)
So much damn confusion before my eyes,
(Tanta maldita confusão perante os meus olhos)
but nothing seems to phase me and this one still survives.
(mas nada parece me afetar e esse aqui ainda sobrevive)

I just want to walk right out of this world,
(Eu apeas quero fugir desse mundo)
'cause everybody has a poison heart.
(Porque todos têm um coração evenenado)
I just want to walk right out of this world,
(Eu apeas quero fugir desse mundo)
'cause everybody has a poison heart.
(Porque todos têm um coração evenenado)

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Boa Tarde Irmãos e Irmãs de Mundo

Enquanto eu termino a segunda parte do Epílogo de Batalha, deixo a letra de outra música para que possam apreciar. E da mesma banda, e a tradução novamente foi baseada na versão em inglês do Anime Lyrics (site em inglês). Esse é o segundo tema de abertura de Gundam X.

Resolution (ROmantic Mode)
(Resoluções)

Koware yasui nagai dake naze konna ni arun daro
(Porque existem tantos sonhos frágeis?)
Yoake ni fuku kaze no iro machi wo yasashiku kaeru
(A cor do vente antes do crepúsculo torna a cidade mais agradável.)

Itsudatte hontou wa sagashi-tsuzuketeita
(Sinceramente, eu estive procurando sempre)
Massugu ni mitsumeru koto kowagatteita
(Com medo de olhar fixamente adiante)
Anata ga iru kara arukidaseru ashita e
(É apenas por você estar aqui que eu posso encarar o futuro)
donna toki mo osorenaide
(E não me apavorar não importa o que aconteça)

"Onaji yume ga aru" sono kagayaki no naka e
("Nós temos o mesmo sonho", com esse pensamento)
sukoshizutsu chikazu ite yuku nidoto mayowanaide
(Nós caminhamos juntos, para nunca nos perdermos)

Yureru omoi no aida de ashita sae mo kimararezu ni
(Com aquele sentimento instável eu não tenho nem como me decidir pelo amanhã)
samayo hitomi no mama de zawameki wo mitsumeteta
(Com aquele olhar perdido, eu encaro o caos a minha volta)

Itsu datte honto wa motome-tsuzukete ita
(Sinceramente, eu estava sempre pedindo)
kokoro goto yasumeru basho tsutsumeretakute
(Eu quero um lugar aonde posso descançar com meu coração e tudo o que tenho)

Anata ni deatte wakari hajimeta subete
(Quando eu te conheci, tudo ficou muito claro)
Atsuku mune ga ugoki dashita
(Meu coração começou a bater apaixonadamente)

"Onaji yume ga aru" sono mabushisa wo itsumo
("Nós temos o mesmo sonhos" Eu vou continuar sempre)
hanazazu ni dakishimete iru nidoto furimukanai
(Abraçando esse brilho, nunca me soltando dele, por isso nunca olhe para trás.)

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Boa Tarde Irmãos e Irmãs de Mundo

Perdoem este humilde servo por ainda não ter continuado o texto abaixo, ele será feito até o domingo. Mas por hoje deixo a tradução de uma música para que apreciem, asism como ela me tocou. A música é o primeiro tema de Abertura do anime Gundam X, e é cantada pelo Romantic Mode, que lembra muito o Two-Mix (site em japonês), minha banda de J-pop predileta, vale a pena ouvir. A tradução foi feita a partir da versão em inglês que pode ser encontrada no site do Anime Lyrics (site em inglês), por isso, se houver algum erro do japonês para o inglês me desculpem, me avisem que eu corrijo.

Dreams (ROmantic Mode)
(Sonhos)

wasurekaketa yume ga ima ugokidasu
(O Sonho esquecido começou a se mover)
mune no sukima
(O vazio no meu coração)
sukoshizutsu umeru yo ni
(Começou a ser preenchido)

kooritsuita kioku ga mezameru shunkan
(No momento em que as memórias adormecidas acordam)
hajimaru mirai dake wo ima negau
(Nós começamos a desejar por um futuro)

itsuka mita ano yume wo
(No dia que eu ver esse sonho)
ryote de dakishimete
(Eu o pegarei com as duas mãos)
hanasazu akiramezu ni
(Não deixarei que se vá nem desistirei)
shinjitsuzuketai
(Eu quero continuar acreditando)
itsuka mita ano yume wo
(Até o dia que eu ver esse sonho)
kono te ni tsukamu made
(Que eu conseguirei alcança-lo)
omoi wo wasurenai de
(Não se esqueça das memórias)
oitsuzukete yukitai kara
(Eu quero continuar perseguindo-as)

hito no nami ni kujikesou na toki ni mo
(Mesmo quando as pessoas estão deprimidas)
wasurenai de
(Não se esqueça)
hitorikiri janai koto
(De que não estás sozinho)

atatameta te no hira ni nokosareta yume wo
(O sonho que restou na palma de minha mão aquecida)
itsuka hikari ni kaeru hi no tame ni
(Um dia se transformará em luz)

itsu no hi mo kono mune ni
(Algum dia, nesse coração)
omoi wo dakishimete
(Eu irei abraçar as memórias)
kagayaku toki no naka de mamoritsuzuketai
(Eu quero continuar a proteger aqueles tempos iluminados)
itsuka mita ano yume ni
(Até o dia que eu ver esse sonho)
tadoritsuku toki made
(Eu continuarei a lutar)
Kono te wo hanasanaide
(E não largarei essa mão)
oitsuzukete yukitai kara
(Que eu quero continuar perseguindo)

kooritsuita kioku ga mezameru shunkan
(No momento em que as memórias adormecidas acordam)
hajimaru mirai dake wo ima negau
(Nós começamos a desejar por um futuro)

itsuka mita ano yume wo
(No dia que eu ver esse sonho)
ryote de dakishimete
(Eu o pegarei com as duas mãos)
hanasazu akiramezu ni
(Não deixarei que se vá nem desistirei)
shinjitsuzuketai
(Eu quero continuar acreditando)

itsu no hi mo kono mune ni
(Algum dia, nesse coração)
omoi wo dakishimete
(Eu irei abraçar as memórias)
kagayaku toki no naka de mamoritsuzuketai
(Eu quero continuar a proteger aqueles tempos iluminados)
itsuka mita ano yume ni
(Até o dia que eu ver esse sonho)
tadoritsuku toki made
(Eu continuarei a lutar)
Kono te wo hanasanaide
(E não largarei essa mão)
oitsuzukete yukitai kara
(Que eu quero continuar perseguindo)

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Um Epílogo de Batalha


Niguém era capaz de compreender aquele coração torturado. O Guerreiro, exausto, não era capaz de entender tudo o que fizera. Seus erros pesavam em seu peito, assim como a espada banhada pelo sangue de seus adversários pesava em suas mãos. Não era possível imaginar que se sentiria assim. ele havia vencido, era um herói. Tudo havia terminado. Ao menos, não haveria mais guerras, seus amigos não mais morreriam.

Era isso que se passava na mente de todos quando vieram parabenizá-los. Gritos de euforia em relação a sua destreza, não deixavam a sua mente pensar corretamente. Algo estava errado, algo estava muito errado e ele não conseguia distinguir o que era. Por mais que a vitória era tudo o que sempre sonhara, não era tão gloriosa quanto imaginava. A dor, o cansaço e a confusão finalmente o venceram. E o guerreiro, caiu, e sua mão segurava algo que não sabia o que era.

Acordou em um campo verde. No cume de um monte cercado por um mar. Uma ilha que nunca virá, mas que, estranhamente lhe parecia familiar. O sol ardia forte no céu, o cheiro de sangue, a que tanto se acostumara nesses últimos meses, havia sido substituído pelo doce odor da Dama da Noite. Mas estranho, ela não deveria estar florecendo em pleno dia.

- Aqui a noite nunca cai, e por isso a Dama da Noite floresce quando acha que está na hora.

Era uma voz doce, suave e tranquila que lhe falara. Olhou em volta procurando, não sabia se assustava-se com aquela voz que fora capaz de ouvir os seus pensamentos, ou se com o fato de que não sentia mais dor em seu corpo. A busca finalmente parou, em uma grande pedra, a pouco mais de 50m deles estava sentada uma senhora. Usando um longo vestido azul e branco, ela olhava para o mar, enquanto costurava alguma coisa. Calmamente ele se levantou, e dirigiu-se até aquela senhora. Foir mais fácil do qeu imaginava.

- Estou morto?, foi tudo o que conseguiu perguntar diante da face serena daquela mulher.

- Se perguntas de teu corpo, a resposta será não, ele ainda repousa na casa do xamã que cuida de teus ferimentos. Se perguntas de tua alma, aí eu não terei a resposta para essa pergunta. Pois só tu consegues entender o que se passa em teu coração.

- Onde estou?, pergunto o Guerreiro, ainda curioso e assustado.

A senhora parou de costurar, colocou o pequeno tecido e sua armação de palha de lado, em cima de uma mesa natural na pedra, espreguiçou-se, levantou-se e estendeu a mão ao Guerreiro.

- Isso é um sonho, isso é o teu sonho. O teu desejo de liberdade e de calmaria. Segure a minha mão, Jovem Guerreiro, e venha comigo. Há muito a se dizer, a se perguntar e a se ouvir. A tua alma, por mais que não tenha os ferimentos do teu corpo, precisa de cuidados, e de alimentos. Por favor me acompanhe.

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Bom Dia Irmãs e Irmãos de Mundo

Era uma vez, em um reino não tão distante chamado Castelo de Lego, um nobre Pingüim de chapéu vermelho e bico amarelo chamado Fofinho. Fofinho vivia calmamente em sua casa, a Basic, a grande, imponente e importante servidora, responsável por todas as funcionalidades principais daquele reino.

Fofinho era um nobre guardião. Responsável por zelar pela proteção e funcionalidade de tão importante construção. Mas a inveja estava enraizada dentro da nação Legoniana. Belldundy, Bell-chan para os íntimos, era uma bela e linda gata preta, que antes ocupava esse posto. Enciumada com a perda do seu cargo, desenvolveu um esquema para assassinar o nobre Fofinho e usurpar-lhe a posição.

Em uma noite, quando todos os demais Legonianos adormeciam, e sua Deusa, a Valkirye, caçava nos Campos Elísios, Bell-chan, aproveitou-se do sossego de Fofinho, e desferiu-lhe um ataque surpresa. O nosso amável Pingüim lutou bravamente, mas acabou sendo derrubado, e teve o seu belo bico amarelo quebrado pela invejosa gata.

Todos se entristesseram com o fato. E tentaram dar forças ou nobre guardião para continuar os seus serviços. O bico não fora encontrado, logo não pode ser reparado. E depois de um tempo, a depressão tomou conta de Fofinho. Não conseguindo mais dar conta de seu serviço, ele acabou sendo rebaixado, e tornou-se um reles Pingüim de geladeira.

O golpe foi grande demais. Fofinho começou a se sentir deprimido. Por muitas vezes era visto deitado, embriagado para esquecer o sofrimento. Até que este foi mas forte do que ele, e o nosso nobre cavalheiro de chapéu vermelho não resistiu e se atirou de cima da geladeira, envergonhado por ter sido rebaixado.

E essa é a lenda de Fofinho, o primeiro e único Pínguim de Servidor.

Esse texto eu mandei para a Vivi do Garotas que dizem Ni, em resposta ao post sobre ser kitsch. Espero que apreciem. E sim essa história é verídica.